Tecnologia
Blockchain: guia passo a passo para iniciantes
por Isabel Dias | 22 Maio, 2019
Blockchain é uma palavra que provavelmente já ouviu muito e há boas razões para isso. A tecnologia Blockchain é um sistema revolucionário e bastante complexo que, apesar de não ser propriamente novo, ainda está muito inexplorado.
De qualquer forma é inegável que a tecnologia Blockchain é parte da transformação digital dos negócios, e que é uma inovação responsável, também, pela indústria 4.0. Mas, exatamente, o que é esta tecnologia?
Blockchain: o que é, como funciona e para que serve, afinal?
Blockchain significa literalmente cadeia de blocos, e é mesmo isso: uma cadeia de blocos de informação digital, que forma uma base de dados. A grande diferença deste tipo de base de dados para uma tradicional é que a blockchain é descentralizada, distribuída, transparente e incorruptível.
Mas como assim? Vamos a específicos.
O que significa ser descentralizada?
A tecnologia Blockchain é descentralizada, o que significa que não precisa de um intermediário para mediar as interações entre os utilizadores (nodes). São exemplos de intermediários a Amazon, um intermediário entre um vendedor e um comprador; a Uber, entre um passageiro e um condutor; ou um banco, que media as transações entre duas contas. Os intermediários costumam cobrar pelos seus serviços, seja uma parte da transação ou uma taxa de serviço – e num sistema descentralizado, isto não acontece.
E distribuída?
Por outro lado, também é distribuída, o que significa que a informação (a base de dados, neste caso) não está armazenada numa só localização ou servidor. Pelo contrário: cada utilizador da rede tem uma cópia da base de dados no seu computador. Este “pequeno” detalhe faz com que as blockchains sejam muito menos suscetíveis a ataques (de hackers, por exemplo), já que para conseguir atacar a base de dados com sucesso, seria necessário atacar todo e cada um dos utilizadores e criar as mesmas alterações nas cópias que cada um tem dela.
Então e transparente?
Diz-se que a blockchain é transparente porque é pública para os seus utilizadores. Ou seja, todos os utilizadores de uma mesma rede conseguem ver que interações ocorreram – mas, e este ponto é importantíssimo, não conseguem ver entre quem ocorreram. A identidade dos nodes é confidencial.
Para ilustrar, imagine-se uma interação entre dois encapuçados a acontecer dentro de uma sala de vidro: é possível ver a interação mas não é possível saber a verdadeira identidade dos intervenientes. Esta situação traz simultaneamente segurança à interação e privacidade para os que nela participam.
E, assim, que quer dizer incorruptível?
Por último, como e porque é que a blockchain é incorruptível? De facto, a blockchain protege-se graças à sua própria arquitectura. Cada bloco contém essencialmente três coisas: informação, uma hash própria – que é criada conforme o tipo de informação que o bloco contém -, e a hash do bloco anterior. Uma hash é um código único, um número de identificação irrepetível que identifica determinado bloco. Diz-se que os blocos estão criptografados.
Pense-se nos blocos da blockchain como peças de um puzzle. Ao alterar-se a informação contida num bloco, a sua hash altera-se, neste caso, a forma da peça do puzzle muda, e esta passa a não encaixar na anterior nem na seguinte. O que isto faz na prática é invalidar a cadeia toda. Mas significa isto que a base de dados fica corrompida e inutilizável, e que a informação é perdida? Não! Como já vimos anteriormente, não existe apenas uma cópia desta base de dados – existem tantas quantos utilizadores da blockchain em questão.
Mas quem atesta a validade e confiabilidade da blockchain?
A resposta é simples: os utilizadores da rede. Todos os utilizadores da rede são iguais, mas nem todos têm a mesma função: uns estão na rede para utilizá-la, e outros estão na rede para criá-la bloco a bloco – os miners. Para criar um bloco com informação é necessário resolver um problema matemático bastante complexo e os miners que o fazem, e assim criam o novo bloco, ganham alguma coisa com isso.
Mas, antes de um bloco ser adicionado à cadeia, é necessário que seja validado. Por quem? Pelos muitos, muitos utilizadores da rede. Se os utilizadores confirmarem este bloco, ele é adicionado à cadeia. Isto explica porque é que é muito difícil adicionar informação falsa à cadeia – esta tem de ser validada pelos que usam a rede (para muitíssimo variados fins) e que, portanto, querem que ela funcione corretamente.
Podemos encontrar uma analogia do dia-a-dia para este sistema de validação: se alguma coisa acontecer em privado, é difícil provar a sua validade, ao invés de que se houver várias testemunhas, é tão mais fácil prová-la quanto mais forem estas testemunhas.
Na prática, para que se pode utilizar a tecnologia Blockchain?
As aplicações da blockchain são, em teoria, infinitas mas há algumas bem conhecidas como as criptomoedas e em especial a Bitcoin. A Bitcoin foi o fenómeno que lançou a blockchain para a ribalta, em 2009, mas é na realidade apenas uma aplicação desta tecnologia. Ou seja, a blockchain é a infraestrutura das criptomoedas. Passe-se o exemplo: se a criptomoeda for o carro, a blockchain é a estrada onde ele se move.
No entanto, a blockchain não tem apenas aplicação nas criptomoedas ou nas fintech. Pode usar-se esta fantástica tecnologia para assinar contratos (os smart contracts), para votar em eleições, para guardar registos médicos e bancários, ou até para situações mais mundanas, como manter um registo da origem dos alimentos.
Com recurso ao sistema blockchain, seria praticamente impossível falsear a procedência dos alimentos ou esconder se uma marca de cosmética recorre a testes em animais. Da mesma forma, no mercado de jóias seria possível rastrear as pedras preciosas desde a sua origem até à sua compra, e assim evitar comprar um “diamante de sangue”.
Em suma, a blockchain é muito mais do que uma base de dados segura. É um sistema de armazenamento de informação completamente fora do sistema tradicional no qual todos os utilizadores estão em posições equitativas. O facto de ter muitos “olhos” postos nela faz com que a informação na blockchain seja muito difícil de falsear, e ao ser transparente e descentralizada dá aos utilizadores um maior controlo dos seus dados.
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