Fiscalidade e Contabilidade
Margem de lucro, bruta, líquida ou de contribuição?
por Isabel Dias | 7 Fevereiro, 2019
A margem de lucro é um indicador essencial para qualquer gestor ou empreendedor. A confusão começa quando se atribuem diferentes significados (e fórmulas de cálculo) ao mesmo conceito.
Será que está a calcular as margens de lucro certas?
O conceito margem de lucro pode ser aplicado a um só produto ou serviço, ou a uma empresa no geral. No entanto, este conceito tem variantes que deve conhecer para fazer uma gestão precisa do negócio.
Margem de lucro bruta
Para calcular a margem de lucro, é preciso ter noção de um outro conceito: o lucro. Este representa a diferença entre as receitas e os gastos diretamente relacionados.
Se uma empresa que faturou 20.000€ num mês e teve gastos de 11.000€ - com operações diretamente relacionadas com as vendas (matéria prima, produção, mão de obra, envios, etc) -, o lucro respeitante àquele mês é a diferença entre esses dois valores, ou seja 9.000€.
Tendo em conta o lucro bruto e as receitas num determinado período, calcula-se a margem de lucro bruta, dividindo o lucro pelo total das receitas.
MB (%) = Lucro Bruto / Receita x 100%
Assim, uma empresa com 20.000€ de receita e 9.000€ de lucro bruto, terá uma margem de lucro:
( 9.000 / 20 000 ) x 100% = 45%
Apesar de a margem de lucro bruta ser fundamental para avaliar o estado da sua empresa, é sempre necessário perceber como está a margem de lucro líquida.
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Margem de lucro líquida
A margem de lucro líquida, por outro lado, é mais completa do que a margem de lucro bruta. Para a calcular, é necessário ter em conta todos os gastos que estão indiretamente ligados às receitas. Falamos de impostos, manutenção da sede, despesas com pessoal administrativo, custos de telefone, internet, eletricidade, água, etc.
Ou seja, à receita total, será necessário subtrair todos os encargos, diretos e indiretos, para calcular o lucro líquido. O que inclui muitas despesas variáveis.
ML (%) = Lucro Líquido / Receita x 100%
Tomando o exemplo anterior, imagine que das receitas de 20.000€ resultam impostos de 1000€, e despesas fixas e variáveis de 2000€. O lucro líquido será, então, de 6000€. E a margem de lucro líquida será:
( 6.000 / 20.0000 ) x 100% = 30%
Será que existe um valor ótimo? Bem, esta pergunta é difícil de responder. As melhores práticas dizem que no comércio a margem de lucro líquida deveria ser superior ou igual a 20%, enquanto que na indústria poderá rondar os 10%. O certo é que deve ser superior a zero – quanto mais alta melhor – e nunca, em caso nenhum, abaixo. Isto representaria uma situação em que o seu negócio perde dinheiro.
Margem de contribuição
A margem de contribuição é vocacionada a um produto ou serviço individual. A margem de contribuição foca-se nos custos variáveis resultantes da produção de cada unidade vendida. Pode ter em conta custos de envio, embalamento ou comissões de vendedores.
Esta margem é usada pelas empresas para conseguir uma visão de quão rentável é um produto ou serviço, e poder compará-lo com outros. Ao avaliar a margem de contribuição é possível descobrir possíveis problemas, e mais fácil identificar soluções – como aumento de PVP, mudança de fornecedores, etc. - com o objetivo de aumentar o lucro.
EBITDA
Este acrónimo, do inglês Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, é uma importante medida financeira que deve ter em conta. Mas como é que se relaciona com a margem de lucro? O EBITDA é um indicador da eficiência da empresa e mostra quanto a empresa consegue gerar de lucro sem considerar o abatimento de impostos ou quaisquer outros efeitos financeiros.
No entanto, por não considerar quaisquer efeitos financeiros, o EBITDA sozinho pode dar ideias erradas sobre a saúde de um negócio, pelo que deve sempre apreciá-lo em conjunto com outros indicadores financeiros.
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