Fiscalidade e Contabilidade
Proposta de Orçamento do Estado para 2021: o que vai mudar para as empresas e trabalhadores?
por Mariana Gomes | 14 Outubro, 2020
A proposta* de Orçamento do Estado para 2021, que foi entregue ao Parlamento, é uma bandeira com forte vertente social que aposta no reforço dos apoios sociais aos trabalhadores independentes, domésticos e informais, alguns dos grupos mais atingidos pelos efeitos da pandemia, além das empresas portuguesas.
Conheça as principais novidades do próximo Orçamento do Estado.
*Este artigo refere-se à proposta de Orçamento do Estado para 2021 (a ser discutida e votada). Para saber mais detalhes sobre as várias medidas propostas, consulte a página oficial do Governo.
As medidas do Orçamento do Estado para 2021
“Este é um Orçamento que combate a pandemia, protege as pessoas e apoia a economia e o emprego”. Com uma aposta assente na proteção dos trabalhadores, no reforço da saúde e na defesa dos rendimentos, as empresas e os trabalhadores estão na base dos desafios estratégicos apontados como prioridade deste Orçamento do Estado para 2021.
Para as empresas
“Um orçamento amigo das empresas e que promove a competitividade da economia”
É como o Governo descreve este Orçamento do Estado focado nas empresas como destinatário de algumas medidas propostas, tais como:
- Os impostos não serão aumentados: todas as taxas de impostos mantêm-se inalteradas. Mudarão apenas as retenções na fonte, que serão mais baixas;
- Não existe agravamento das tributações autónomas para as micro, pequenas e médias empresas que não tinham prejuízos e passaram a tê-los por força da pandemia;
- Criação do programa IVAucher que promove o consumo nos setores da restauração, alojamento e cultura, através da devolução do IVA pago nestes setores;
- O Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento continua em vigor no primeiro semestre de 2021, permitindo às empresas deduzir à coleta de IRC o correspondente a 20% das suas despesas de investimento até ao limite de 5 M€;
- Criação de um incentivo fiscal às ações de internacionalização por parte das PME;
- Extensão da moratória ao crédito bancário a empresas, iniciada em 2020;
- Lançamento de novas linhas de crédito com garantia pública.
Para os trabalhadores
“Um orçamento que protege os trabalhadores”
Ninguém ficou indiferente aos efeitos da pandemia e os trabalhadores são um dos principais destinatários das medidas propostas pelo Governo ao Parlamento. Ora vejamos:
- Aumento do salário mínimo nacional, mantendo-se a meta de 750€ em 2023;
- Criação de um apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, tendo como valor de referência o limiar de pobreza (501€), para quem perdeu o emprego ou teve uma quebra significativa na sua atividade. Este apoio abrange:
- Trabalhadores por conta de outrem (incluindo trabalhadores domésticos e trabalhadores independentes economicamente dependentes) que tenham ficado sem emprego e não tenham acesso a uma prestação de desemprego ou esta tenha chegado ao fim.
- Trabalhadores independentes que tenham tido uma quebra de rendimentos de pelo menos 40%.
- Aumento do valor mínimo do subsídio de desemprego para um montante acima do limiar de pobreza, a título definitivo, para os trabalhadores que recebiam pelo menos o salário mínimo;
- As grandes empresas que tenham gerado lucros em 2020 e que recebam apoios públicos não poderão despedir ao longo do próximo ano e são obrigadas a manter o número de colaboradores.
- Criação de um subsídio extraordinário de risco para os profissionais de saúde que se encontram na linha da frente da resposta à COVID-19, no valor de 20% do salário base (até ao máximo de 219 €).
- Aposta no Emprego Sustentável e Combate ao Desemprego COVID-19: Apoiar a manutenção e criação de emprego – nomeadamente de emprego jovem – num contexto de retoma progressiva da atividade económica, garantindo majoração de apoios mediante a manutenção de contratos de trabalho sem termo.
Como manter as obrigações fiscais em dia?
Se por um lado esta proposta representa algumas vantagens para as empresas e trabalhadores, por outro, as organizações enfrentam a necessidade de responder às novas alterações fiscais. E é neste contexto que a tecnologia assume um papel fundamental.
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