Negócios

5 rácios importantes na gestão de fluxo de caixa

por Helena Sousa | 26 Março, 2024

Uma gestão de fluxo de caixa competente é essencial para a saúde financeira da sua empresa. Existem diferentes estratégias que pode adotar no dia a dia para otimizar esta gestão, mas também é necessário avaliar a sua eficácia. Neste artigo, reunimos alguns rácios importantes para a gestão do fluxo de caixa do seu negócio.

 

O que são os rácios na gestão de fluxo de caixa?

 

O fluxo de caixa, ou cash flow, corresponde aos fluxos de entradas e saídas monetárias nas contas da sua empresa. Este conceito difere dos registos contabilísticos de rendimentos e gastos, uma vez que só são registados fluxos monetários “palpáveis”. Sendo uma métrica de extrema importância para avaliar a saúde da tesouraria do seu negócio, é importante adotar medidas para otimizar a sua gestão.

 

Para avaliar a eficiência dessas medidas, bem como para impulsionar os ajustes necessários na gestão, existem os rácios de fluxo de caixa. Os rácios são métricas financeiras que, de forma geral, permitem avaliar em que ponto está a capacidade da empresa de pagar as suas dívidas e obrigações com os bens monetários gerados no mesmo período.

 

Estes rácios ajudam a, de forma objetiva, perceber a liquidez e a viabilidade de longo prazo de uma empresa, quanto dinheiro está a ser gerado e quanto dele está a ser gasto e onde e, com base nisso, decidir o que fazer para manter a liquidez no positivo.

 

Rácios importantes na gestão de fluxo de caixa

 

1. Rácio de cobertura do passivo corrente (current liability coverage ratio)

 

O rácio de cobertura do passivo corrente, em inglês current liability coverage ratio, funciona como medida de liquidez do seu negócio. Este serve para calcular quanto dinheiro proveniente da sua atividade operacional a empresa tem disponível para cumprir com as suas obrigações de curto prazo, através da seguinte fórmula:

 

Rácio de cobertura do passivo corrente = fluxo de caixa da atividade operacional / passivo corrente

 

O fluxo de caixa da atividade operacional corresponde aos montantes gerados diretamente através das operações normais da empresa. Inclui as entradas e saídas de dinheiro relativas, entre outros, à compra e a venda de matérias-primas e inventários, à prestação de serviços ou ao pagamento de salários.

 

Já o passivo corrente corresponde a obrigações que se espera que sejam cumpridas durante o ciclo operacional normal da entidade (o ano económico), incluindo rubricas como dívidas a fornecedores, adiantamentos de clientes, dívidas para com o Estado e para com outras entidades públicas ou financiamentos obtidos com duração inferior a 12 meses.

 

Voltando à fórmula, um resultado superior a 1 significa que a empresa, efetivamente, tem capacidade de suprir as suas obrigações de curto prazo.

 

2. Rácio de fluxo de caixa para lucro líquido (cash flow to net income ratio)

 

O rácio de fluxo de caixa para lucro líquido compara o fluxo de caixa operacional da sua empresa com o lucro líquido, dando uma imagem da qualidade do lucro obtido.

 

Ao evidenciar quanto do lucro líquido é efetivamente convertido em fluxo de caixa operacional, este é um indicador importante, já que a existência de lucro não implica entradas de dinheiro equivalentes e estas últimas são necessárias para fazer face às obrigações da empresa. O cálculo é feito usando a seguinte fórmula:

 

Rácio de fluxo de caixa para lucro líquido = fluxo de caixa da atividade operacional / lucro líquido

 

O ideal é este rácio ser superior a 1 e o mais alto possível, indicando que a sua empresa tem fluxo de caixa suficiente para fazer face aos seus pagamentos.

 

3. Rácio de preço para fluxo de caixa (price to cash flow ratio)

 

O rácio de preço para fluxo de caixa é uma medida de grande importância para as empresas de capital aberto, já que permite aos investidores perceberem o quão atrativas são as ações de determinada empresa.

 

É um indicador que avalia se as ações estão subvalorizadas ou sobrevalorizadas, ao relacioná-las com o fluxo de caixa por ação gerado a partir da sua atividade operacional. O seu cálculo é feito da seguinte forma:

 

Rácio de preço para fluxo de caixa = preço de cada ação / fluxo de caixa operacional por ação

 

No caso deste rácio, o desejável não é um resultado superior, já que um valor elevado significa que as ações estão sobrevalorizadas em relação ao seu potencial de gerar fluxo de caixa, o que implica que os investidores estejam dispostos a pagar mais em cada ação por cada euro gerado.

 

4. Rácio de cobertura de juros (interest coverage ratio)

 

O rácio de cobertura de juros mede a capacidade que a sua empresa tem para cobrir as despesas com os juros das dívidas contraídas. É calculado da seguinte forma:

 

Rácio de cobertura de juros = EBIT / juros pagos

 

O EBIT, sigla de Earnings Before Interest and Taxes – Resultados antes de Juros e Impostos em português –, é um indicador que possibilita obter uma imagem fidedigna da capacidade de geração de lucro apenas das operações da empresa, ao excluir os efeitos das decisões de financiamento (juros) e das políticas fiscais (impostos). Pode ser calculado de duas formas:

 

EBIT = Receita – custo dos produtos vendidos – despesas operacionais

ou

EBIT = Lucro líquido + juros + impostos

 

Um resultado elevado do rácio de cobertura de juros significa que a empresa gera fluxo de caixa suficiente para cumprir as suas obrigações de pagamento de dívida e juros. Por outro lado, um resultado inferior a 1 indicia um elevado rico de incumprimento. 

 

5. Rácio de liquidez geral

 

Por último nesta lista, mas não menos importante, está o rácio de liquidez geral. Um dos grandes fundamentos para fazer uma gestão de fluxo de caixa eficiente é precisamente para que a sua empresa tenha liquidez para fazer face às obrigações de curto (principalmente) e longo prazo.

 

O rácio de liquidez geral permite analisar até que ponto os seus ativos que podem vir a ser convertidos em dinheiro ou similares no curto prazo cobrem o seu passivo corrente (obrigações de curto prazo). É calculado da seguinte forma:

 

Rácio de liquidez geral = ativo corrente / passivo corrente

 

Quanto maior o resultado deste rácio, melhor será a capacidade de investimento da sua empresa no curto prazo. Um resultado inferior a 1 significa que terá problemas de liquidez no curto prazo.

 

Como aprimorar a gestão de fluxo de caixa na sua empresa

 

A base de uma boa gestão de fluxo de caixa está na existência de informação atualizada, que advém de um registo eficiente e permanente de todos os movimentos. Sem ajuda, isso pode ser um trabalho moroso, mas o Cegid Jasmin existe para o tornar mais leve.

 

Funcionando na cloud e com possibilidade de adicionar vários utilizadores, o Cegid Jasmin é a tecnologia de que necessita para ter em dia não só a gestão do fluxo de caixa, como a gestão de toda a empresa.

 

Além de possibilitar a divisão de tarefas e a integração de informação entre documentos para que não tenha de o fazer manualmente, o Cegid Jasmin conta com uma funcionalidade de gestão de tesouraria, para mais facilmente perceber os movimentos do seu cash flow.

 

O melhor mesmo é avaliar por si mesmo e experimentar já o Cegid Jasmin – é grátis até atingir 30.000 € de faturação!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Mais artigos