Gestão Pessoal
Quiet Quitting: uma ameça ou oportunidade para as empresas?
por Mariana Pimentel | 8 Setembro, 2022
O Quiet Quitting é tudo menos um movimento silencioso. Começou no TikTok e tornou-se um assunto sério e razão de preocupação nas empresas. Mas será realmente uma ameaça para os empregadores? Ou uma oportunidade para fazer melhor e reter talento?
Mais do que uma tendência, está a transformar-se numa cultura de trabalho. Esta “demissão passiva” – mais conhecida como o quiet quitting – ainda pode passar despercebida, mas a nova geração de trabalhadores está a transformá-la num grande e impactante movimento no mundo do trabalho. Mas o que é o quiet quitting realmente?
De uma cultura “workaholic” para a cultura “quiet quitting”
O que é o Quiet Quitting?
Umas vezes interpretado como “não fazer mais do que aquilo para que pagam”, outras como uma questão de preservar a saúde mental e evitar o famoso burnout.
Mas desengane-se quem pensa que se trata de uma verdadeira demissão – de todo! Ao contrário do que possa parecer, o quiet quitting passa pela adoção de uma postura de cumprimento de tarefas associadas à função pela qual o colaborador é pago. Com base nesta mentalidade, não é feito nem mais, nem menos do que o trabalho pedido e definido, dentro do horário estabelecido.
Estamos a transitar de uma cultura “workaholic” para uma cultura “quiet quitting”.
Por muito positiva, apetecível e romantizada que a postura workaholic possa parecer para as empresas e os empregadores, a verdade é que é também sinónimo de burnout, excesso de trabalho e desgastes provocados pelo mesmo. Estamos perante um cenário negativo, tanto para o colaborador, como para a empresa. É aqui que o quiet quitting pode ser a grande oportunidade para combater muitos dos aspetos menos positivos que a nova geração de trabalhadores repudia nas empresas.
Quiet quitting significa promover o work-life balance
Os limites entre a vida pessoal e a vida profissional ganharam novo destaque nos últimos tempos – principalmente desde a pandemia. Este é um tema que afeta, não só hierarquias, mas gerações de profissionais que as empresas querem contratar e reter. A grande questão que se coloca é: como reter estes profissionais tão desejados?
Uma geração que se preocupa, acima de tudo, com o work-life balance, com a flexibilidade e não descarta o teletrabalho não é uma geração que se permite entrar numa bola de neve de excesso de trabalho e desgaste psicológico. Por outro lado, estas são também as pessoas que as empresas querem manter. Então, como podem fazê-lo? Apostar no teletrabalho, na flexibilidade de horários, na recompensa por desempenho e na preocupação com o work-life balance.
O movimento do quiet quitting pode passar de um tabu para uma oportunidade para ambos.
Refletir sobre o quiet quitting é uma oportunidade para as empresas construírem ambientes de trabalho que oferecem aos profissionais um cenário no qual se sentem motivados, envolvidos, inspirados e produtivos.
O quiet quitting tem vantagens
Nas últimas duas décadas, a cultural global de excesso de trabalho tornou-se banal e o trabalho não remunerado passou a ser realidade em muitas empresas. Mas após uma pandemia global que mudou hábitos sociais, os millenials e, especialmente, a geração Z, deixaram de contribuir e aceitar essa realidade ultrapassada. Entramos num cenário no qual o work-life balance é o mais valorizado por estes profissionais. Este equilíbrio traz inúmeras vantagens, entre as quais:
- Melhor saúde mental
- Melhores relações no trabalho
- Maior produtividade
Mas como reter talento e tirar o máximo partido desta cultura de quiet quitting?
Já percebemos que esta cultura do quiet quitting não traz apenas vantagens para os profissionais, mas também para as empresas. Então, como pode ser implementada?
Redução da carga de trabalho: A carga de trabalho pode ser reexaminada para descobrir quais as tarefas que aumentam de forma significativa os resultados dos negócios.
Ofereça os recursos necessários: As empresas devem fornecer aos seus colaboradores as ferramentas e materiais necessários e mais apropriados para a realização das suas tarefas de forma eficaz e eficiente dentro do horário de trabalho estabelecido.
Motivar os colaboradores: É, hoje, mais importante do que nunca investir no employer branding. Um profissional já não é conquistado apenas pelo valor monetário, mas pelos valores culturais das empresas. Por isso, ofereça oportunidades para desenvolver novas competências e desfrutar de novas experiências.
Investir nos benefícios: Como já vimos, nem sempre as recompensas financeiras são o único motivo para reter talento e, tampouco, uma opção viável em todos os casos. É agora que o “salário emocional” começa a ganhar relevo. A cultura de trabalho está a evoluir e os colaboradores têm hoje expectativas maiores sobre as empresas. Por isso, invista em benefícios extra-salariais, como team buildings, oferta de formação aos colaboradores, festas internas, etc.
Poupe tempo na gestão do negócio e foque-se nas pessoas
Esta saída silenciosa não se trata de evitar o trabalho, mas sim de não perder uma vida significativa fora do trabalho. O que significa que tanto os colaboradores de uma empresa tanto os gestores valorizam mais do que nunca o work-life balance.
E o que de melhor há para impulsionar este work-life balance? A tecnologia e o recurso a ela para minimizar a carga de trabalho.
É simples: o Jasmin, software cloud expert em gestão, ajuda-o – a si, enquanto gestor – a gerir de forma impecável a sua empresa, permitindo um fluxo de trabalho mais fluido. Permite-lhe trabalhar onde e quando quiser, com total liberdade já que é cloud e liberta-lhe tempo de tarefas tediosas e repetitivas com as suas ferramentas de automação.
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